Por que Deus fez o céu azul?
Por Friedrich Helmke
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Nossa atmosfera é apenas uma capa muito, muito fina |
A ciência sempre faz uma conexão entre água e vida. Sem água não existe vida. Moises disse que no começo a terra era coberta de água. Então Deus ligou a luz, e graças ao giro da terra temos dia e noite. O próximo passo era dividir a água em água líquida em baixo e água em forma de vapor acima, na atmosfera.
Por isso o céu é azul, por causa da água na nossa atmosfera. Essa nossa atmosfera, este ar que respiramos, onde acontece nosso tempo com ventos, nuvens e chuvas, é chamado de “troposfera”. Este é nosso céu azul.
Ele tem entre 8 km de altura nos polos e 16 km no equador. Esta capinha linda que envolve nosso planeta então é muito, muito, muito fina! Pare um momento para pensar nisso! Você acha mesmo que uma distância de 12 km de onde você está agora é muito longe?
Nossa atmosfera é absolutamente única no universo conhecido e tem uma função importantíssima: mantém a temperatura de nosso planeta, para que a vida na terra seja possível. O vapor de água é um “gás estufa”, ou seja, ele absorve o calor do sol que a superfície da terra reflete, para manter nosso planeta quentezinho.
Todos os dias o calor do sol evapora bilhões de litros de água da superfície da terra. Nossa atmosfera absorve essa água em forma de vapor. Mas graças a Deus não se pode encher este céu azul de uma maneira ilimitada com vapor: ele não deixa. Existe um limite.
O ar absorve apenas um tanto de água, por exemplo um quilograma de ar de 30°C absorve apenas 27 gramas. Neste ponto ele está saturado, nós dizemos então que a umidade do ar chegou a 100%. Ele não aguenta mais água e então começa a chover.
É assim que a umidade da nossa atmosfera e sua temperatura ficam sempre dentro de uma faixa determinada, para podermos viver sem congelar ou ferver, em contraste com outros planetas. O planeta Vênus, por exemplo, é muito mais quente.
Vênus tem uma atmosfera de gás carbônico, ou CO2, também um gás estufa que absorve o calor. O planeta Mercúrio deveria ser ainda mais quente, porque ele fica muito mais perto ao sol. Mas, não é. Mercúrio é muito mais frio e o Vênus é mais quente, por causa desta atmosfera de CO2.
Na nossa atmosfera também há CO2, e com isso as plantas produzem seu alimento. Para ocorrer este processo complexíssimo, a fotossíntese, as plantas usam um pigmento, a clorofila, que pinta nossa natureza de verde. Ela converte a energia solar e contribui para produzir a seiva das plantas.
O melhor exemplo é o caldo de cana, com muito açúcar nele, feito a partir do gás carbônico da atmosfera. Então as plantas convertem o CO2 em carboidratos, um tipo de “massa”, que podemos comer, como arroz e feijão, e não apenas caldo de cana.
Este CO2 na nossa atmosfera é o mesmo como em Vênus, mas é muito pouco, apenas o suficiente para que as plantas possam viver. Como em Vênus, ele ajuda esquentar a terra um pouquinho e aumenta o efeito do vapor da água.
A quantidade do gás carbónico, ou CO2, no nosso lindo céu azul, sempre era a mesma por dezenas ou centenas de milhares de anos. Era só um pouquinho, 300 partes de CO2 em cada milhão de partes do ar. Até a época do imperador Pedro II…
Neste tempo os europeus e os americanos, depois os japoneses e agora os chineses e todo o resto mundo começaram a construir fábricas e mais tarde carros. A fumaça que tudo isso produz, junto com as queimadas, levou a um aumento drástico de CO2 na atmosfera, agora já são mais que 30% acima do valor antigo.
A cada 18 meses o teor original aumenta um por cento. Estamos jogando tanta fumaça na nossa atmosfera, a troposfera, nesta capinha fina de 8 – 16 km de ar que respiramos e onde há vento, nuvens e chuva para molhar a terra, que o mundo já esquentou 1°C, em média.
Quanto mais quente o ar, mais água ele absorve, então as chuvas ficam mais fortes. Um quilograma de ar de de 30°C absorve 27g de água, um quilograma de ar de 35°C absorbe 37 g de água. Então, onde choveu 110 litros vai chover 140 litros. O rio que encheu até 5,50 m agora vai ficar com 7 m.
Mas o calor não faz apenas chover mais forte. Faz chover mais forte mais vezes. Por exemplo, um furacão precisa de uma temperatura mínima da água de 26°C para se formar. Quando a água fica mais quente um mês antes, vai ter furacões um mês antes. E se a água fica mais quente por mais um mês, terá furacões por mais um mês.
Ao mesmo tempo existem regiões secas sem água e mata para evaporar. Quando o ar ficar mais quente, a seca vai ficar pior ainda. Uma árvore pode evaporar centenas de litros de ar todo dia, uma floresta manda bilhões de litros para o ar. Mas, quando não tiver mais árvores, não terá mais chuva. A Amazônia pode muito bem tornar-se um deserto.
Infelizmente somos como pessoas viciadas em tabaco que não conseguem parar de fumar. Muitas pessoas pensam que um pouquinho de calor a mais ou menos não faz muita diferença. Mas não é tão simples. Por exemplo uma pessoa com uma febre alta vai morrer se a temperatura aumentar só um grau a mais. Só mais um pouquinho e seu sorvete vai derreter e sua panela de pressão explodir.
O gelo no norte do planeta, onde a capa é mais fina, está derretendo como o gelo na caipirinha de um bêbado, mas em vez de parar de beber pedimos mais uma. Nosso clima já começa a perder o equilíbrio, como quando o bêbado se levanta. A fumaça da Amazônia escureceu até o céu de São Paulo, mas nós continuamos como sempre.
Moisés contou a história de um casal que não conseguiu ficar longe de uma certa fruta. Essa escolha acabou com sua vida no paraíso. Será que nós também não conseguimos ficar longe de queimar árvores, carvão, gasolina e óleo diesel?
No próximo capítulo Moisés conta como Deus colocou o ser humano na terra. Não foi só mais um animal. Deus disse: Aqui você manda! Tudo isso é para você dominar, ou seja, governar, administrar! E todos nós sabemos o que significa uma má administração: leva uma empresa ou um país à ruína. Desta vez se trata do nosso planeta inteiro.
Somos igual Adão e Eva, temos a liberdade da escolha. Podemos acabar com este céu azul e destruir esta terra, ou podemos ser bons administradores e cuidar do nosso grande jardim, plantar e arrancar com sabedoria e carinho.
O mato que destrói esse nosso jardim é a ganância atrás de todo este desenvolvimento: queremos mais carros, mais bois, mais soja. Por que será que Jesus insistiu tanto que a ganância é o pior pecado? Sabia que é capaz de destruir este mundo!
A propósito, por que será que Jesus disse que não sabe quando vai voltar para trazer paz e criar um novo mundo e um novo céu azul? A resposta é muito simples: porque depende de nós! Deus não faz as escolhas para nós. Ele disse: aqui é você quem manda.
A fruta que está levando a nossa terra à destruição é gostosa, prazerosa e confortável. Nos viciamos em consumi-la. Parece que ninguém quer parar de andar de carro e de comprar produtos que chegaram de navios que poluem o ar. Mas, agora chegou o momento para acordarmos desta letargia, para acordarmos os outros e dizer:
“Não! Chega! Não quero mais disso! Sei que é gostoso e prazeroso, mas não quero que meus filhos e netos sofram num mundo que eu ajudei a destruir. Vou acordar os outros também, meus amigos, minha família, minha empresa, minha escola, minha igreja e pressionar meus líderes para acabarmos com esta besteira”!
Tiramos o cuidado da natureza das mãos dos índios faz 500 anos, agora nós temos que cuidar dela. Este mundo foi dada para nós de presente, e não para destruir. Somos como crianças que ganharam uma boneca ou um carrinho. Podemos cachear o cabelo da boneca ou colocar roupa diferente, trocar os pneus do carrinho ou pintar de uma cor diferente.
Mas não é para arrancar a cabeça da boneca ou as rodas do carrinho! Não se destrói uma lindo presente como esta terra! Cada um de nos tem que decidir qual tipo de criança queremos ser. Aquele que brinca com alegria e agradecimento, ou aquele que destrói e joga fora?